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Beijos
Thaís S.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Sofrimento de Sophia VI - Novas amizades


Caminhando para casa, Sophia, notou os diversos grupos que haviam no colégio. Os populares, pessoas conhecidas, alegres, descontraídas, chamavam atenção onde passavam, queridos por todos, as roupas mais justinhas, sempre na moda, piercing e cabelos coloridos. Havia também os nerd's, sempre de óculos, sentavam frente, ótimas notas, queridos pelo professores, e também cheios de orgulho. Os excluídos, esses eram praticamente invisíveis . Sophia notou o quanto o mundo era injusto, por que será que aquilo acontecia? Porém, Sophia notou que ela não encaixava-se mais naquele grupo dos excluídos, todos a notavam, mas também não chegava a ser popular. E pela primeira vez na vida de Sophia ela teve vontade de mudar, para impressionar os outros. Ela estava decidida, ela tornaria-se popular!
A noite começou a ler alguns artigos na internet, que falavam sobre como "tornar-se popular", artigos publicados por adolescentes, que tinha uma visão equivocada daquilo tudo, nada forma, porém uma ânsia de "poder", já tinha tomado conta da pequena Sophia.
Naquele dia Sophia acordou diferente, sentia-se outra pessoa. Começou a lembrar das barbaridades que tinha lido, e o pior, ela acreditou em tudo. Logo cedo, ela foi novamente no quarto da mãe, porém, diferente da outra vez, ela carregou na maquiagem, passou tudo que tinha e não tinha direito. Base, pó compacto, rímel, delineador de olhos, sombra, batom, lápis de olhos e blush. A maquiagem em si, não estava ruim, porém no rosto da angelical Sophia, aquilo tornou-se devastador. A maquiagem foi o primeiro item que Sophia recordara.
Ao chegar no colégio, Sophia, cumprimentou a todos com um largo sorriso, pois como poderia ser popular se não fosse vista? Logo lembrou da segunda besteira em que leu, num blog, de fonte nada confiável, que ela deveria sentar no fundo, porque só os nerds sentavam na frente. Então ela sentou na ultima cadeira da fila do meio, certo. Não copiou nada, pois queria dá a impressão que ela "não estava nem aí", mais uma besteira que tinha lido no blog, fez piadinhas nas aulas, conversou riu alto, todos estavam surpresos como a Sophia havia mudado, dado uma volta de 360º. Hora do intervalo, Sophia, na sua euforia, nem perceba que não havia falado com o Breno, muito menos com a Rose. Estava rodeada de "novos amigos", quando o Breno aproximou- se dela e a cumprimentou, Sophia sentiu seu coração acelerar, porém, não queria "dá na pinta", e conversou com ele normalmente. Mas com a Rose, não falou.
Entre os "novos amigos" de Sophia, destacaram-se a Milena, Mi, menina "descolada", tinha um piercing no nariz e outro na língua, sem falar nos inúmeros furos que fizera na orelha. A Tatiana, Tati, que curtia rock, vestia-se de preto sempre que podia, roupas rasgadas e desbotadas, também usava muita maquiagem, tinha um cabelo vermelho que ofuscava. O Marivaldo Júnior, porém apenas o chama de Juninho, esse era loiro, usava um brinco na orelha esquerda, andava com o Roberto, e o Júlios, e todos do grupo bebiam vinho, cerveja, cheiravam maconha, as vezes. Realidade essa desconhecida por Sophia, por enquanto ...

domingo, 13 de março de 2011

O Sofrimento de Sophia V- Encantos


Segunda-feira, linda manhã ensolarada, Sophia despertou de um profundo sono, com lindos sonhos, ela não se lembrava de ter dormido tão bem assim desde quando tinha 4 anos. E pela primeira vez em toda a sua vida, Sophia estava ansiosa para chegar ao colégio. Olhava o ponteiro dos segundos dando voltas no relógio, 6:42min, nossa o tempo não passa. Mas por que eu acordou tão cedo? Amanhã vou demorar um pouco mais na cama... O que fazer para passar o tempo? Sophia teve uma idéia, ao ver sua mãe arrumada para o trabalho. Eu deveria me maquiar.... Pensou ela. Mas eu não tenho nenhuma maquiagem... Como farei? Sophia teve uma ideia. Resolveu ir ao quarto da mãe para ver o que encontravam. Abriu a porta devagar, pois seu pai ainda estava dormindo, mexeu na penteadeira e encontrou o estojo de maquiagem, bingo! Saiu discretamente, ou ela achou que estava sendo discreta, com o estojo atrás das costas. Ah, a pequena Sophia estava com cara de quem ia aprontar... Pensou a mãe. Sophia colocou o estojo na cômoda, e ficou frente a frente com o espelho. Mas o que ela iria fazer? Ela nunca se maquiou antes. E agora? Ela resolveu olhar umas revistas que tinha na sala, dessas de moda feminina, achou um artigo : Makes para usar no dia-a-dia. Ótimo, era isso que ela procurava. Começou a ler, tudo bem, hora de por em prática! Pegou o lápis de olho, optou pelo marron, para ficar mais natural. Passou bem devagar, começou a lacrimejar. Nossa, não sabia que era tão complicado. Pensou Sophia desapontada. Enxugou os olhos e tentou denovo. Dessa vez ela aguentou, passou uma sombra rosinha, bem clarinha, um pouco de blush, como viu no tutorial da revista. E para finalizar um gloss, voilá! Sophia estava lindo, continuava com a sua aparência angelical, porém mais arrumada. Colocou uma presilha que ganhara da tia em outra ocasião. Olhou para o relógio 7 :14min. Nossa! Agora ela precisava sair correndo, e nem tinha calçado os sapatos... Sophia desceu as pressas, deu um beijo no pai e entrou no carro.
Chegando no colégio, Sophia começou a reparar como o dia estava mais colorido, tudo estava mais bonito, até o porteiro conhecido como mal humorado sorriu para ela. Por essa ela não esperava, e quando entrou na classe imagine o que ela viu: Deparou -se com o sorriso encantador de Breno, o seu príncipe, e o coração de Sophia voltara a bater como daquela vez, descompassado, Sophia sorriu, ele veio até ela e deu-lhe um abraço, desses de 3 segundos, mas para Sophia aquele momento foi eternizado em sua memória. Todos olharam para ela. Por que o gatinho do está abraçando aquela esquelética da Sophia, o que será que mudou entre eles? Ah, hoje ela tentou vim arrumada, olha só, aquilo é um gloss? Pensavam as meninas, assustas e invejando-a. Já os meninos. Nossa como a Sophia está diferente hoje, o que será que mudou? Ela está realmente linda. Nunca havia percebido o quanto o sorriso dela é perfeito. Nesse momento chega a Rose, a Sophia não percebeu por que estava conversando com o Breno, o Gustavo e todas as outras pessoa, Sophia era o centro das atenções,Sophia não podia acreditar, ela que sempre foi esquecida, agora todos faziam questões de fala com ela, até a fultilzinha da Débora, falou com ela no intervalo. Falando no intervalo, foi nessa hora em que Sophia despertou do frenesi, e notou que não havia falado com a Rose, que estava no fundo da sala, sozinha, com os olhos cheios de lágrimas, Sophia no início não entendeu o por que , mais logo a ficha caiu, Sophia não lhe dera atenção, nem um momento , Sophia sentiu -se um monstro, como pode esquecer a Rose, quase a responsável pelo sua mudança, que falou com ela quando ninguém a notava. Sophia aproximou-se dela e pediu desculpas por tudo aquilo. A Rose não a olhou nos olhos, ignorou- completamente. No fundo o que a Rose sentia era ciúmes, do Breno, dos amigos. E um pouco de inveja, não que a Rose não gostasse da Sophia, muito pelo contrário. Mas dizem que ciúme é ador que dá quando vemos que a pessoa que amamos tem capacidade de ser feliz sem a gente. No fim do dia, trevas, começou tão bem, e agora essa tristeza, culpa, frustração. Sophia havia se tornado popular, mas perdera sua grande amiga.

(continua...)

sábado, 12 de março de 2011

O Sofrimento de Sophia IV- Encontros e desencontros




Linda manhã de sábado, Sophia acordou um pouco mais tarde, sua mãe tinha colocado à mesa. Nossa, que milagre. Hoje o dia irá ser lindo. Pensou Sophia. Depois de muito esforço e pedidos do pai, Sophia comeu meia maçã e bebeu um copo de suco. Já sentia- se cheia... Por isso que é tão magrinha assim, não comes. Disse o pai sorrindo. Sophia estava tão feliz porque iria ao parque com a Rose à tarde que não se importou com a gozação do pai. Pela primeira vez. O pai estranhou a sua atitude, porém, achou que era fruto do seu amadurecimento... Perguntou a Sophia se ela gostaria de ir ao Shopping à tarde, ela recusou. Já tinha um programa. Sairia com Rose, as 15:00 horas. A mãe de Sophia, ainda não tinha deixado de pensar aquelas bobagens. Se vocês não se lembram irei refresca-los a memória. Ela achava que Sophia estava namorando com algum garoto do colégio, por isso aquela felicidade e mudança de humor. A verdade é que a mãe de Sophia, Selma, já havia acostumado-se com a filha triste, melancólica. E quando a pequena estava melhorando, ela cismou. Ouviu Sophia dizer que iria ao parque com a suposta amiga, e resolveu segui-la. Estava decidida a descobrir algo. Pobre Sophia, quando não tinha amigos, a mãe nunca desconfiara, agora que tem uma única amiga, a mãe começa a conspirar contra ela. Que irônico. Parece que a felicidade de Sophia estavas prestes a acabar, apesar de mal ter começado.
Parque de Diversões Arco-íris, que nome infantil pensou Sophia, porém era um parque de diversões, e o nome parecia-lhe justo... Já estava ali a 30 minutos e a Rose não chegava, estava cansada. Vestia uma macacão jeans, com uma camisa preta por baixo, calçava all star preto e branco com uns detalhes lilás, usava uma pulserinha com o nome amizade que havia ganhado da Rose, quando completaram um mês de amigas.
Resolveu entrar, avisou para o porteiro que se uma menina chegasse poderia dizer que ela já havia entrando, disse a ele o seu nome e as características de Rose.
Era a primeira vez que ia a um parque de diversões, não por falta de oportunidade e sim de vontade, nunca queria ir quando mãe ou as tias a chamava.
Resolveu ir na montanha russa, tinha prometido a Rose que iria com ela, porém ela não havia chegado e ela estava com muita vontade.
Entrou na fila, estava enorme, cerca de 30 pessoas, seria rápido se tivesse alguém para conversar, porém a sua amiga não estava ali. Ela precisará de uma boa desculpa para justificar o atraso. Pensou Sophia e começou a sorrir. Nem se deu conta que o menino que estava a sua frente, era o Breno, da sua classe. Ela nunca havia falando com ele, nem ele com ela, e estudavam juntos desde a 4ª série, estavam no 1º ano. Sophia nunca tinha reparado o quanto ele era bonito, alto, devia ter 1,70m , pelo menos para ela parecia alto, cabelos pretos e cortado baixo, moreno, olhos castanhos, um sorriso encantador, exalava um perfume que a deixou hipnotizada instantaneamente, o coração da pequena Sophia acelerou, não sabia o que era aquilo e as suas mão começaram a transpirar, as pernas ficaram trêmulas, sentiu uma falta de ar, o que seria aquilo, tentou falar, mas gaguejou, Sophia ficou muito assustada e saiu correndo da fila, sem explicação alguma...
Ele também sentiu algo estranho, já havia feito 15 anos, era um príncipe, estava também a espera de um amigo, que por coincidência também não apareceu, ou seria o destino? O Breno passou a reparar a aparência de Sophia, beleza delicada, diferente das outras meninas do colégio, era uma beleza inocente, seus olhos, seus cabelos, o rosto pálido de Sophia, e aquele brilho no olhar que nunca tinha visto antes. Como era linda a Sophia, porém ele não sabia o por quê dela ter fugido. Achou que ela estava com medo montanha-russa, e sentiu uma vontade imensa de protegê-la e segurar a mão dela. Ele foi até ela, que estava sentada debaixo de uma árvore, olhou em seus olhos e sorriu. Sophia levanta-se devagar e diz meio que envergonhada. Oi, desculpe por ter saido correndo daquele jeito. Ele continua sorrindo e fala. Tudo bem, mas por que você correu? Sophia estava aflita, não sabia o que dizer, e começou a gaguejar novamente. Porpororque porque ... Ele a interrompeu, pegou em sua mão, olhou ternamente nos seus olhos e disse baixinho. Calma Sophia, não conto para ninguém que tens medo de montanha-russa. Sophia, ao ouvir aquelas palavras, sentiu-se aliviada, pois tinha corrido por causa daquelas coisas que tinha sentido, e ele não havia desconfiado de nada.
O Breno, ainda segurando em suas mãos disse. Se você quiser, eu posso ir com você, e ajuda-la a superar esse medo bobo. Sophia muito envergonhada aceitou, e por mais estranho que possa parecer, os dois saíram andando de mãos dadas, como namorados, pelo parque. Conversaram sobre muitas coisas durante o período de espera na fila, e na montanha-russa ele segurou a mão da pequena Sophia, que não estava assustada com a velocidade do brinquedo e sim com as coisas que começara a sentir. Ele sentia a Sophia apertar as suas mãos, e sentia vontade de abraça-la , porém não sabia o que ela poderia pensar, ele apenas continuava a segura-la. Passaram 5 minutos apenas, porém parecia ter passado uma eternidade,os dois desceram do brinquedo e resolveram comer algo. Pararam em uma lanchonete, lá mesmo no parque, e continuaram conversando, resolveram ser amigos e que falariam um com o outro no colégio. Sophia não acreditava no que estava ouvindo, ela era sozinha, depois veio a Rose, agora o Breno! Ela estava muito feliz. Resolveram sair para andar, a essa altura já haviam se esquecido dos amigos, quando deparam-se com a Rose e o Gustavo, o amigo do Breno que também era da sala deles, então eles resolveram se divertirem juntos... No final da tarde, eles se separaram, e Sophia saiu com Rose do parque, e por sorte dela, a sua mãe não a viu com os meninos, e só com a Rose, a mãe de Sophia sentiu -se envergonhada por ter seguido a filha, que nunca tinha lhe dado motivo para desconfianças, e saiu sem ser vista. Sophia chegou em casa radiante, mais alegre que nunca. Precisa escrever algo sobre tudo que havia acontecido, então pegou a caneta e começou a rasbicar... Breno , Breno .... Lindo Breno. Ela percebeu que não conseguia pensar nem escrever mais nada além dele. E resolveu jantar, tomou um longo banho e foi dormir. Cansada , mas muito feliz por que aquele tinha sido um dia especial , de encontros e desencontros....

(continua)

sexta-feira, 11 de março de 2011

O Sofrimento de Sophia III - O começo de uma amizade


Nesse exato momento mil coisas se passara na mente da pequena Sophia, pois imaginara o tamanho do escândalo que sua professora faria, além de não estar fazendo a atividade estava totalmente dispersa. A pequena já não tinha coragem de encarar-la, com o rosto enrubescido disse a professora. Desculpa, ando meio confusa... A senhora não se importaria de entregar-me o exercício? Gostaria de responde -lo. A professora fitou os olhos de Sophia por alguns segundos, e depois com um largo sorriso respondeu. Tudo bem, Sophia Beatrice... Entendo que isso é apenas uma fase, porém deveria prestar mais atenção nas aulas... Creio que pode criar seus versinhos em casa. Então a professora Lucíola devolveu a ela seu "exercício". Sophia continuou envergonha, porém aliviada, porque aquilo que ouvira da professora era a melhor coisa que podia acontecer naquela situação. A professora sentou-se em sua cadeira, e avisou a classe que haveria um trabalho em dupla. Aquela era a pior coisa que a pequena podia ouvir, trabalho em dupla! Ela já tinha vivenciado essa história antes, sempre ficava sozinha. Porém já estava acostumada com a solidão e as mentiras que contava para a sua mãe.
Soa o sino, hora de ir . Pelo menos por aquele dia o tormento escolar de Sophia havia terminado. Quando arrumava seu material para ir embora, Sophia sente uma mão no seu ombro, quem poderia ser? Ninguém falava com ela, quem poderia ser? Sophia olha para trás, já preparada para ouvir uma piadinha, era a Maria Rosa, ela sempre sentava atrás de Sophia, e se ela parasse para pensar, sempre estava por perto. Ela não fala com ela, porém não fazia gozações sobre o seu tamanho, seu peso, enfim, nada do que os outros faziam. Maria Rosa era um pouco maior que Sophia, tinha cabelos loiros e cacheados, um rosto angelical, Rose como preferia ser chamada, tinha uma voz aguda e doce. Ela sorriu para a Sophia e perguntou. Quer ser minha parceira? No trabalho? Mas se não quiser, vou entender porque... Sophia a interrompeu, pois grande era a sua euforia, e disse também com um sorriso no rosto. Sim, eu quero! Era a primeira vez que Sophia teria uma parceira, ela sentia uma imensa alegria. Maria Rosa, ou melhor, Rose começou a conversar com Sophia, descobriram coisas em comum, pegavam até o mesmo ônibus, moravam a um quarteirão de distancia, faziam aniversário no mesmo mês. Gostavam das mesmas músicas, autores, e o mais importante: nenhuma das duas tinham amigos. Perfeito, a partir dali ela tornaram - se companheiras... Sophia sentia-se tão feliz, pois não precisaria mentir para sua mãe quando dissesse que iria ao parque com uma amiga, porque realmente ia. Rose tornou a vida da pequena Sophia mais colorida, ela sentia o que era aquela sensação de amizade.
Passaram -se algumas semanas. Ao chegar em casa muito contente, a mãe de Sophia perguntou ele qual o motivo daquela mudança repentina de humor. Sophia sem tirar os sorriso dos lábios respondeu. É a amizade verdadeira mamãe... Deu um abraço nela e disse -lhe baixinho : EU TE AMO ! Desde que completou 5 anos, Sophia nunca havia dito aquelas palavras de afeto a sua mãe, que achou muito estranha a sua atitude. E começou a imaginar bobagens, achava que Sophia estava namorando com algum garotinho do colégio, é , por isso que ela sempre ia ao parque, e resolveu que da próxima vez iria segui- la.
Sophia deitou -se em sua cama, pela primeira vez ela não sentiu vontade de escrever nada triste, melancólico e sim , um soneto. E logo depois adormeceu.

Soneto da Amizade

Amizade é como um raio de sol
Que te arranca da escuridão
Tornei me um girassol
Que deseja o calor, essa sensação.

Amizade é como a chuva,água
Que purifica onde toca
Do ódio, nos limpa,lava
Nos liberta do que nos sufoca

Amizade é uma jóia
Que não pode ser comprada
É uma dádiva que Deus nos dá

Amizade é vida
Amizade é forte
Supera tudo, até a morte.

- Sophia Beatrice M. Moura

quinta-feira, 10 de março de 2011

O Sofrimento de Sophia II -Tristezas...


Mergulhada em sua melancolia,Sophia chorava e sofria, ao olhar para o relógio que trazia consigo no pulso, viu que já passava das 17 horas e tinha prometido a sua mãe que não demoraria com suas amigas no parque. A verdade é que sua mãe não sabia que suas únicas amigas era a dor e a tristeza, a quem ela chamava de Dori e Tereza. Chegando em casa,depois de enxugar as lagrimas,Sophia mentia para sua mãe como sempre fazia. Não a julgue mal,ela não fazia por prazer,porém para que a mãe não sofresse mais ainda com seus problemas, pois sua mãe já tinha problemas suficientes para um livro inteiro de matemática. Sua mãe franzindo o cenho disse a Sophia. Por que demorastes tanto Sô? Sophia juntou o resto das forças que lhe restará para dá um sorriso artificial e responder a sua mãe.Desculpe mamãe,mas a conversa com a Dori e a Tereza estava tão boa que não vi o tempo passar... Dizia isso com o olhar baixo, pois odiava mentir...
Sua mãe chamava-se Selma, trabalhava como representante de uma empresa de comésticos, por isso sempre estava maquiada e bem vestida. Sophia admirava-a, porém as vezes achava-a egoísta, fútil e preguiçosa. Deixava quase todas as tarefas para ela enquanto arrumava seus cabelos no salão mais próximo. Dondoca! Repetia Sophia de cabeça baixa lavando os pratos.Depois chorou a noite inteira lamentando-se da sua vida.
Segunda-feira, Sophia levanta ás 6 da manhã e encontra seu pai dormindo bêbado no sofá, resultado de mais uma briga com sua mãe. Bom, pelo menos aquela ela não tinha presenciado. Seu pai chamava-se Mário, porém todos os chamavam de Joca, porque o seu pai, avô de Sophia, era João Carlos, e o Mário parecia-se muito com ele. Sophia colocou a mesa, e serviu o café, saiu sem comer, como sempre. Mais tarde faria um lanche.
O período escolar era sempre muito dificil, pois ninguém a notava e quando notava era para fazer chacotas e gozações. Sophia onde você comprou essa calça tinha pra bebê? Nossa Sophia, é impressão minha ou você engordou? Se alguém abraçar a Sophia é capaz de quebra- la. Já vi gravetos mais pesados que você.
Sophia era o alvo das brincadeiras de mal gosto. E o momento mais aterrorizador era as aulas de Educação Física, ela chorava só de lembrar que teria que vestir aquele short, que deixa suas pernas magras a mostra. Porém Sophia que não falava nada, não os respondia, mas também tinha suas críticas. A Marcela usava sempre a mesma meia, suja e encardida, a Luiza era tão gorda que poderia ser usada como bola e a Dafhine? Aquela conseguia ser mais desengonçada que ela.
Depois da tortura física, digo, depois da aula de Educação Física todas as meninas ia juntas ao vestiário, mas Sophia não ia, pois sabia o que aconteceria se fosse,mais gozações. Esperava todas retirarem-se pra depois ir mudar o uniforme.
Na aula de geografia,que Sophia achava entendiante, ela começava a rabiscar versos no papel...
TRISTEZA
Porque quandro fui concebida
Caiu sobre mim a má sorte
Muitos alegram -se com a vida
Já eu espero a morte[...]
Por um instante Sophia deixa cair no chão a folha de exercício, o qual ela não estava respondendo,quando percebe o seu verso nas mão da professora Lucíola...


(Continua)

O Sofrimento de Sophia - O início



Eram exatamente 16:24, de um lindo dia de domingo. No Parque das Felicidades, as criança divertiam-se nos brinquedos e na caixinha de areia, corriam, pulavam, perseguiam os pombos e excitavam-se com o vendedor de sorvete. Os adolescentes que não estavam acompanhados pelos seus namoradinhos, estavam com seus amigos ou paquerando alguém, aquela intensa troca de olhares e suspiros, mas apenas os mais ousados faziam contato com o seu alvo, trocavam email, número de telefone e as vezes saiam para conhecerem-se melhor. Famílias passeavam no parquinho da felicidade, com seus bebês, conversavam, tiravam fotos e estavam realmente sendo felizes. Ou pelo menos parecia. Porém ali, chorando em baixo de uma árvore,havia uma menina chamada Sophia. Menina magra,pequena, de cabelos compridos e lisos, negros como a noite,pouco mais que 1,50m, e aproximadamente 40kg, prestes a completar 15 anos,tinha olhos profundos e tristes. Ela observava a tudo e a todos, atentamente,via ali uma alegria, e por mais irônico que possa parecer, Sophia estava completamente infeliz no Parque das Felicidades.
Pensava Sophia.Como algumas pessoas podem ser tão felizes, e eu, sou tão infeliz? Por que sou tão estranha? Diferente das meninas do colégio? Tímida,tão magra, que até eu tenho pena de mim, por que não sou como a Debóra? Ela sim,é uma bela garota, desinibida, alegre, bem humorada, tem até um probleminha com sua pouca inteligência, mas quem importa-se com inteligência quando se tem um corpo como o dela? Ah, eu queria ser como aquela atriz... linda, poderosa... Por que sou tão esquisita?
Esses era os pensamentos de Sohpia, enquanto chorava debaixo daquela árvore, sentia-se a menina invisível. Não tinha amigos, era filha única, seus pais estavam prestes a se separarem,e ela vivia presenciando as brigas deles. Ela corria para seu quarto e começava a escrever. Ai que vida infeliz! Exclamou Sophia, porém ela não sabia que a vida dela iria mudar completamente....

(continua...)

POEMA EM CÓDIGO [3]